sábado, 26 de julho de 2014

Estar à mercê deste poder

Quando a alegria se faz presente
Em um corpo de tristeza prepotente
Seria essa a esperança
Ou seria essa a discrepância?

Entre positivos e negativos,
Guerreando, ambos se sufocam.
Pois forças iguais,
não se enfrentam jamais.


quarta-feira, 16 de julho de 2014

Só deixe-me em meio ao alvoroço delicioso, antes de cair em livre poço perigoso

 É o amor que me destrói. O medo de senti-lo, de envolve-lo e de logo me quebrar aos pedaços. Reprimir pensamentos em meio ao desejo, que talvez em algum lugar saiba de que são puro amor, mas a preferência de deixa-los serem apenas algo leviano é maior. Afogá-los, sem nunca ter me machucado, mas machucar inconscientemente essa pureza envolvente - entretanto liberar a desejosa serpente, que se enrosca trazendo a insanidade. Água vem a ser vinho, toques livres que seguem por aqui e ali em corpo e mente. Mente essa que repudia qualquer lembrança amorosa, mas traz à tona aquelas fervorosas. Capaz de recordar com clareza cada espasmo sentido em determinado momento, trazer sorrisos sedentos carregados de pudor e, por que não, dor.
 Ainda está lá, perdido ou preso em algum lugar, o amor que era para sentir e que constantemente é mascarado por sarcasmo e sexo. É tudo que importa. Apenas satisfação carnal, por mais que seja banal. O único amado seria então o leve pecado, onipresente em cada célula desse pequeno ser existente, que pouco sabe o que lhe espera, tão pouco deseja esperar saber. Surpresa é buscada, por mais que a ansiedade que a antecede seja odiada, pois é, se não, sinônimo de amor. E desse sentimento apenas antônimos são bem vindos, por mais que a caminhada seja sempre lado a lado, de mãos dadas.
 Embora a perversão me domine, embora a malícia me influencie, o subestimado estará sempre presente. Tendo total conhecimento deste preso sentimento, continuo a afogá-lo, a destruir o que já está gravado e de alguma forma jamais será apagado. Já faz parte, já nos tem quando nasce e jaz aqui um corpo que talvez amou e, porém, o matou.